Apesar de ser uma queixa constante entre moradores de condomínios, a diminuição de custos em condomínios não é um processo simples e requer ações coordenadas e constantes, além da resolução de grandes dilemas.
Diminuição de custos em condomínios – Os dilemas
A cota condominial atribuída à cada unidade (apartamento, casa, sala comercial e etc.) nada mais é, do que o rateio para pagamento dos serviços, bens e demais benefícios em um condomínio.
Isso é, a sua cota condominial paga os funcionários da portaria, limpeza, administração, manutenção das áreas comuns, material de limpeza e etc.
Considerando isso, qualquer redução nos valores rateados pelos condôminos, caberá a renúncia a algum bem ou serviço. Trocando em miúdos, o condomínio deverá abdicar de alguma praticidade, segurança ou conforto para reduzir o valor de contribuição dos sócios.
Em condomínios de menor porte, a depender de estudos e da aprovação em assembleia, a substituição da portaria 24 horas tradicional por eletrônica ou virtual pode reduzir sensivelmente a taxa condominial.
Diminuição de custos em condomínios – As ações
Uma ação importante e com grandes resultados é a revisão constante dos contratos e serviços.
Não é raro encontrar contratos de prestação de serviços antigos e com valores muito acima do mercado.
Igualmente, não é raro encontrar contratos com reajustes vinculados ao salário mínimo como índice indexador, que resulta em reajustes muito superiores à inflação, além de ser inconstitucional.
Paralelamente, é vital o controle da inadimplência.
Com 5.702 ações judiciais por falta de pagamento da taxa de condomínio entre abril de 2016 e março de 2017 só na cidade de São Paulo, são poucos os condomínios que podem dizer-se livres da inadimplência.
Quando não há o devido acompanhamento ou a colaboração do devedor, essas cobranças vão para a via judicial onde podem perdurar por anos, ainda que haja a promessa de celeridade associada ao Novo Código de Processo Civil.
Assim, para manter os mesmos serviços e benefícios o peso recairá ao restante dos sócios do empreendimento, às vezes refletindo em reajustes ou rateios para evitar a inadimplência do próprio condomínio junto aos seus fornecedores e prestadores de serviços.
Em pequenos empreendimentos, com poucas unidades, a inadimplência tende a ser ainda mais danosa, gerando um “efeito dominó”, subindo demasiadamente o custo aos pagantes e pressionando suas economias pessoais.
Peça assessoria ao seu administrador e verifique se os contratos mantidos são realmente necessários, se poderiam ser revistos ou atendidos sazonalmente.
Renegocie os contratos de prestação continuada de serviços e busque inovar.
Ações como essas ajudarão na aplicação racional dos recursos e na consequente redução dos valores pagos pelos condôminos.